terça-feira, 12 de agosto de 2014

Abstinência

Na ventania te perco
Em meus devaneios te vejo
Pois bem, meu bem.
Vivo assim:
Desventaneios

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

passado,  presente
se misturam, me confundem
Iluminam
sei de cor o manual
e não sei agir
o coração é fogo
é fúria.
Fuga.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Insanidade
Covardia, contradição
Distração, destruição
calamidade
Amor nada mais é que esse seu ego
fome de querer e dor
Me extrai o coração
Me sorri com simplicidade

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

É isso o que você sempre faz. Foge. Estico meus braços o máximo que posso e te trago de volta, eu não consigo te deixar partir. Pois bem. Hoje consegui, pela primeira vez. Com lágrimas nos olhos, implorando por dentro "não vai, não vai". Fiquei parada no último lugar em que te vi, esperando que você tivesse esquecido as chaves, o celular, ou que você percebesse que deveria voltar e conversar - não é o que se faz quando as coisas se tornam estranhas? Eu já disse: você foge. Eu fico entre um punhado de questões em aberto e a ausência total de amor próprio, quando peço "fica, conversa comigo". Pois bem. Hoje consegui, pela primeira vez. Escolhi remoer sozinha, chorar meu próprio pranto e pensar com uma cabeça só. Meu coração. Caos. Mas olha, estou me virando sem você aqui. Sua substituição é esse conjunto porco de palavras. Texto feio, pra não contrastar com a fúria que me acomete. Descobri que preciso continuar inteira quando você vai, mas não quero aprender a fazer isso, não mesmo. Também não quero que fique porque deixei meu desespero transparecer. Tentei fechar meu olhos e ver os seus ao reabri-los. Não vi, nada de você aqui. Com tempo e esforço, já consigo piscar sem esperar te ver no fim do processo. Não é pedido, é conselho: se se importa, volta.

sábado, 17 de agosto de 2013

Tudo parado. De repente
gira
As cores se misturam diante dos olhos, e num relance
desaparecem, deixando o branco e o preto solitários a compor o cenário
Na minha mente milhares de memórias brincam, e num deslize
a mente está vazia
Os batimentos cardíacos acompanham as pernas de um maratonista e, engraçado,
parece que vai parar.
Agosto de 2008

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Je t'aime

Quando para pra pensar, se descobre contrária ao que era uma hora antes. Tristeza. Das tranquilas, rasas, facilmente confundidas com mau humor aos olhos de um observador. O coração está pequeno, apertado. Piorando, piorando, o coração está... inchado, formigando. Tangível dos fios dos cabelos aos dedos dos pés.  Lábios ficando trêmulos. Uma lágrima, disfarça, outra, suspiro. Outra, disfarça. Antes que seja possível conter, passam a cair continuamente. Deixar correr. Dói. Aí arrancam um quase sorriso. Que sorriso mais dolorido! Suspiro. Suspiro, lágrimas e lágrimas, arrancam outro sorriso. Dor. Suportável dessa vez. Mais um, mais aberto. Ops, lágrimas. Mais um sorriso. Outros dele. São até que possíveis. São reais. O coração, agora em pedaços. Melhor, ao menos dá pra esconder novamente, Gargalhadas. Nota-se então: peito vazio. Dá pra sentir o buraco, tão real que talvez dê pra encostar. Papel, caneta, ai coração.
29/05/2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ainda amo você, ou ainda estou confusa. Talvez não ame, mas amei de uma maneira que nunca amarei de novo. Talvez seja só TPM, mas eu choro de saudades da gente. Você mudou, eu mudei. Você já tem outra em meu lugar, e nosso fim cessou lágrimas que nem deveriam existir, e coisas como essa não se apagam. Começou como um sonho, depois se tornou em pesadelo, e agora essa insônia. Te odeio.

domingo, 16 de setembro de 2012

Desapego: aprender, praticar, sentir. Desapegar: verbo que não quer existir!

sábado, 15 de setembro de 2012

Não sei, não sei, não sei,
não sei nem se nada sei.
Quando a pensar me peguei,
questionei: me desapeguei?

Senti seu perfume no ar,
senti sua falta no mar,
senti segurança ao te tocar,
mas não sei, não sei, não sei:
vou explodir de tanto pensar!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Corro pra não poder te ver, te ouvir, te sentir. Mas quando me canso, e paro, e descanso, vejo que você estava do meu lado o tempo todo, e eu não notei. Não incomodou, não acrescentou. O desespero me deixou cega e não pude te ver, meu bem.  Não quero te ver, ouvir, sentir, e você está aqui. Estou em pedaços. Nada mais importa, estou em seus braços.